sexta-feira, 13 de junho de 2014

Hormonas vegetais 

As hormonas vegetais são substâncias químicas orgânicas, produzidas em pequenas quantidades em certas zonas das plantas e transportadas para outros locais onde influenciam o seu desenvolvimento e metabolismo. São cinco os grupos de hormonas vegetais que se encontram resumidos no quadro seguinte. 

 

A actividade das hormonas vegetais está dependente de factores extrínsecos como a luz, temperatura e humidade. Estas hormonas não actuam isoladas, mas os efeitos na planta dependem da sua interacção. 
Os reguladores de crescimento são substâncias sintéticas, quimicamente semelhantes às hormonas vegetais, e são utilizadas no controlo artificial de certos processos, como a floração e o amadurecimento de frutos, germinação, uniformização do tamanho dos frutos, entre outros.

Hormonas vegetais ou fito-hormonas 

crescimento e o desenvolvimento das plantas são fortemente influenciados por estímulos como a luz, a gravidade, a temperatura e o contacto com outras plantas ou com qualquer objecto. Como resposta a esses estímulos, determinados órgãos executam movimentos variados. 

Os movimentos das plantas passam despercebidos por serem muitos lentos, mas têm sido objecto de muitas investigações. Algumas experiências permitiram comprovar a existência de hormonas vegetais ou fito-hormonas


Hormonas vegetais ou fito-hormonas - Contrariamente às hormonas animais, as hormonas vegetais são, geralmente, sintetizadas por células não especializadas. Os seus efeitos são variáveis, não induzindo uma resposta sempre idêntica, dependendo a sua acção de diversos factores, quer intrínsecos à planta, quer provenientes do meio ambiente. 
Diversas hormonas vegetais têm sido produzidas em laboratório, sendo aplicadas artificialmente nas culturas, de forma a obter efeitos desejados, como indução da floração, promoção do crescimento ou formação de frutos, entre diversos outros. Embora existam diversos esquemas de classificação das hormonas vegetais, elas podem ser agrupadas em cinco grupos principais: auxinas, giberelinas, citocininas, etileno e inibidores. 

Várias hormonas vegetais (fitohormonas) foram já identificadas, dependendo os seus efeitos do local de acção, do estado de desenvolvimento da planta e da concentração da hormona. As fitohormonas actuam em doses muito pequenas e muitas vezes em interacção; dessa interacção resultam respostas das células-alvo. Após actuarem são degradadas.
OSMORREGULAÇÃO
Mecanismos de controlo das concentrações do meio interno.

Animais conformantes
Não são capazes de controlar a concentração do seu meio interno, pelo que esta varia de acordo com as variações de concentração do meio envolvente ( os meios internos e externos são isóticos).

Animais osmorreguladores
São capazes de controlar a pressão osmótica do meio interna face às variações de concentração do meio envolvente.

A variação de pressão osmótica no meio extracelular afeta o funcionamento das células
·       Se no interior das células a pressão osmótica é maior ( maior concentração) a água entra;
·       Se no interior das células a pressão osmótica é menor ( menor concentração) a água sai;

OSMORREGULAÇÃO EM AMBIENTE AQUÁTICO



OSMORREGULAÇÃO EM AMBIENTE TERRESTRE
Os animais têm de evitar a perda de água por evaporação, retendo-a no meio interno. Assim:
F  A superfície corporal é impermeável ( nos insetos o exosqueleto é impermeável e nos répteis as escamas são de queratina) ;
F Os sistemas de órgãos ( digestivo, excretor, respiratório,…) cooperam no sentido de evitar a perda de água e de aumentar a sua reabsorção).

v Aves e répteis marinhos; Insetos e aranhas; Minhoca; Homem




   SÍNTESE
OSMORREGULAÇÃO
Nos vertebrados o sistema urinário produz maior ou menor quantidade de urina (mais ou menos concentrada) de acordo com as necessidades do organismo:
*   Excesso de água no organismo conduz à produção de urina abundante e hipotónica;
*   A necessidade de reter água pelo organismo conduz à produção de pequena quantidade de urina e hipertónica.

Nos vertebrados, como o Homem, os órgãos osmorreguladores são os RINS.

A unidade funcional do RIM é o nefrónio.


Controlo dos mecanismos de osmorregulação 

Nos animais osmorreguladores, a função dos rins é regulada por processos de retroacção negativa, ou seja, uma pressão osmótica alta leva a um aumento de reabsorção de água pelos capilares sanguíneos, tornando-se a urina mais concentrada. Quando a pressão osmótica diminui, a água não é reabsorvida, originando urina mais diluída. 
A quantidade de água reabsorvida e a concentração final da urina dependem da permeabilidade dasparedes do tubo contornado distal e, sobretudo, do tubo colector. 
Esta permeabilidade é controlada por uma hormona antidiurética (ADH). 


O sistema nervoso regula a temperatura corporal através de mecanismos de feedback negativo, dado que o efeito vai contrariar a causa, conseguindo-se a manutenção da temperatura corporal.
2. Regulação nos seres vivos
    Regulação nervosa e hormonal em animais
Os seres vivos são sistemas abertos (trocam energia e matéria com o meio).

É importante garantir a hemeostasia: conjunto de processos, desenvolvidos pelos seres vivos, que visam manter as condições do meio interno constantes e independentes das variações do meio externo.
Quando a homeostasia é rompida, o sistema biológico entra num estado de desagregação, chamado doença, podendo advir a morte.
A homeostasia é assegurado nos animais mais complexos pelos sistemas nervoso ou endócrino, responsáveis pela regulação nervosa e hormonal.

Como é transmitida a mensagem nervosa de um neurónio para outra célula? 

A passagem do impulso nervoso de um neurónio para outro faz-se através das sinapsesFig. Transparências Porto Editora 

 
[Fig. Transparências Areal Editores]

Numa sinapse existe um espaço sináptico que separa a célula pré-sináptica (III) (que transmite a informação) da pós-sináptica (II) (que a recebe). 
As vesículas sinápticas armazenam neurotransmissores (I) - substâncias produzidas pelos neurónios. 
As vesículas fundem-se com a membrana e descarregam o seu conteúdo na fenda sináptica
Os neurotransmissores ligam-se a receptores da membrana da célula seguinte (pós-sináptica), desencadeando o impulso nervoso, que assim continua a sua propagação. 
Numa sinapse neuromuscular o neurotransmissor é a acetilcolina, que é responsável pela contracção muscular. 
O percurso do impulso nervoso no neurónio é sempre no sentido dendrite --> corpo celular --> axónio. A região de passagem do impulso nervoso de um neurónio para a célula adjacente chama-se sinapse

Neurónio - Célula nervosa com todos os seus prolongamentos (cilindro-eixo e dendrites).
Sinapse - Termo que designa, segundo a teoria neurónica, a região de contacto entre dois neurónios, região em que se efectua a transmissão da actividade nervosa propagada; junção sináptica.
 

Quais são as funções do sistema nervoso?
-Receção de estímulos externos
-Coordenação da resposta a dar aos estímulos
-Interação com as hormonas
-Manutenção do funcionamento de órgãos 

Sistema nervoso envia mensagens por impulsos nervosos para os órgãos centrais e envia respostas para os órgãos efetores , músculos e glândulas.

Sistema hormonal envia mensagens por hormonas libertadas na corrente sanguínea atuando sobre as células alvo.

Mecanismos homeostáticos
   Fator ou condição limitante
É qualquer condição do meio que se aproxime ou exceda os limites de tolerância de uma espécie. Os sistemas vivos respondem ás alterações do ambiente, desenvolvendo mecanismos de retroação, tentando responder adequadamente ás variações do meio.

Regulação da temperatura-termorregulação
Animais (quanto á capacidade de regular a temperatura do corpo):
-Poiquilotérmicos: a sua temperatura varia em função da temperatura do ambiente.
-Homeotérmicos: mantém a sua temperatura constante, independentemente da temperatura exterior.

Animais (quanto á fonte de calor):
-Exotérmcos: a sua temperatura depende da temperatura externa. a regulação ocorre através de atitudes comportamentais.
-Endotérmicos: a sua temperatura depende da taxa metabólica e outros mecanismos internos.

  
Trocas gasosas em seres multicelulares
Trocas gasosas nas plantas
Os estomas
As células-guarda ou estomáticas, apresentam a parede celular desigualmente espessada: a parte da parede que rodia o ostíolo é mais espessa.
É o estado de turgescência das células estomáticas que determina o grau de abertura dos estomas, logo a troca gasosa.

Abertura e fecho dos estomas
- A luz provoca a abertura dos estomas;
- O potássio, quando elevada dentro das células estomáticas, provoca a abertura dos estomas;
- O vento quando moderado contribui para a abertura dos estomas;
- A temperatura quando elevada, contribui para a abertura dos estomas;
- Quando existe Co2 reduzido, contribui para a abertura dos estomas;
- Conteúdo de água no solo quando reduzida contribui para o fecho dos estomas.

Trocas gasosas nos animais
Consolidar a matéria : http://www.slideshare.net/anakastro/trocas-gasosas-nos-animais-8108356



Fluidos circulantes nos vertebrados (meio interno)
Sangue e seus constituintes
Plasma 46% a 63%
+ Elementos celulares 37% a 54%

Elementos celulares – plaquetas, gl brancos, gl vermelhos
Formação dos constituintes sanguíneos
Sistema linfático
·        Constituído por vasos linfáticos (veia linfática, canal torácico e capilares linfáticos)
·        Gânglios linfáticos
·        Órgãos linfáticos

Como interage o sistema linfático ou sistema sanguíneo
Sistema circulatório linfático
- Os nutrientes e oxigénio acompanham o plasma que passa do capilar para o meio extracelular.
- 99% Do líquido extracelular regressa ao capilar sanguíneo.
-o excesso deste fluido difunde-se para capilares linfáticos – linfa circulante.

Funções do sistema circulatório sanguíneo
- Transporte de gases respiratórios
-transporte de nutrientes e excressoes
- Distribuições de calor
- Defesa do organismo.

Funções do sistema linfático
-recolha e retorno ao sangue do excesso da linfa intersticial.
- Absorção de lípidos ao nível do intestino delgado.
. Intervenção na defesa do organismo.


UNIDADE 3 

Utilização do ATP pelas células

- Transporte ativo;

- Produção de calor;

- Reações anabólicas;

- Movimentos celulares;

- Trabalho mecânico.


O ATP é produzido pela degradação de compostos orgânicos energéticos como, por exemplo, a glicose ( C6H12O6).
A degradação dos compostos orgânicos envolve reações químicas típicas, controladas por enzimas:
- Desidrogenações e reações de oxidação-redução em que intervém transportadores de H+ e eletrões: o NAD+ e o FAD.
- Descarboxilações- remoção de carbono na forma de CO2.

Reacções catabólicas: fermentação e respiração aeróbia 
As leveduras degradam moléculas como a glicose, libertando-se energia, sendo uma parte mobilizada na produção de ATP e outra que se dissipa sob a forma de calor. Esta mobilização de energia de compostos orgãnicos pode ser efectuada em meio anaeróbio por fermentação ou em meio aeróbio porrespiração aeróbia. Através da fermentação, a degradação da glicose origina álcool etílico ou etanol (composto orgânico ainda muito rico em energia) e dióxido de carbono. Através da respiração aeróbia, a degradação da glicose é praticamente completa, originando-se dióxido de carbono e água, moléculas simples pobres em energia. A respiração aeróbia proporciona mais energia às leveduras do que a fermentação, levando à síntese de mais moléculas de ATP. 

Glicólise – fase comum à fermentação e à respiração aeróbia 

Na respiração aeróbia e na fermentação ocorre uma primeira fase comum, a glicólise (glykýs = açúcar + lýsis = dissolução, libertação). Esta fase ocorre no hialoplasma da célula pois é nele que se localizam as enzimas que catalisam as diversas reacções. 

Respiração aeróbia - Tipo de respiração em que os alimentos, geralmente hidratos de carbono, se oxidam completamente, originando dióxido de carbono e água, com libertação de energia química, num processo que necessita de oxigénio atmosférico.

Glicólise - Quebra da glicose em ácido pirúvico com libertação de energia, decorrendo este processo no hialoplasma da célula sob controlo enzimático. 


1- A fermentação é o processo mais simples e primitivo de obtenção de energia e ocorre no citoplasma das células, compreendendo duas etapas: 
glicólise -> conjunto de reacções que degradam a glicose até piruvato; 
redução do piruvato -> conjunto de reacções que conduzem à formação dos produtos da fermentação.
A figura representa os fenómenos que ocorrem na glicólise. 




 Fermentação alcoólica e fermentação láctica 

fermentação é um dos processos catabólicos que ocorre na ausência de oxigénio. Existem vários tipos de fermentação mas só vamos considerar a fermentação alcoólica, que pode ocorrer nas leveduras e a fermentação láctica, efectuada, por exemplo pelos bacilos lácteos. Figura 

1- A redução do ácido pirúvico (piruvato), em condições de anaerobiose, faz-se pela acção do NADH, formado durante a glicólise, e pode conduzir à formação de diferentes produtos. Dada a sua relevância económica e frequência de ocorrência, destacam-se a fermentação alcoólica e a fermentação láctica, que se representam a seguir. 


[Figura Netxplica]

Fermentação alcoólica - Na fermentação alcoólica, devido a processos de descarboxilação do ácido pirúvico, obtêm-se, como metabólitos finais, dióxido de carbono e etanol, uma molécula de álcool. O rendimento energético da fermentação alcoólica é de duas moléculas de ATP produzidas durante a glicólise. 

Fermentação láctica - Na fermentação láctica, o ácido pirúvico é reduzido, obtendo-se ácido láctico. O rendimento energético da fermentação láctica é de duas moléculas de ATP produzidas durante a glicólise. 

3ª etapa - Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico 

1- O Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico é um conjunto de reacções (que ocorrem na matriz da mitocôndria) que conduz à oxidação completa da glicose, mediado por um conjunto de enzimas de onde se destacam as descarboxilações e as desidrogenações.


4ª etapa - Cadeia transportadora de electrões e fosforilação oxidativa 

1- As moléculas de NADH e FADH2, formadas durante as etapas anteriores da respiração , transportam electrões,que vão, agora, percorrer uma série de proteínas. 
Estas proteínas aceptoras de electrões constituem a cadeia transportadora de electrões ou cadeia respiratória e encontram-se ordenadas na membrana interna das mitocôndrias, de acordo com a sua afinidade para os electrões. 
Considera a figura e responde. 




Comparação entre o rendimento energético da respiração aeróbia e da fermentação 

A respiração aeróbia tem um rendimento bastante elevado, quando comparado com o processo de fermentaçãorendimento energético e mitocôndrias. O saldo energético de 36 ATP da respiração aeróbia suscita alguma controvérsia relacionada com o NADH formado durante a glicólise e que é incapaz de transpor a membrana mitocondrial. O processo de transferência dos electrões para a matriz mitocondrial pode variar, o que vai afectar a quantidade de ATP que se forma por fosforilação oxidativa. Assim, poderão constituir-se 2 ou 3 ATP por cada molécula de NADH. No caso de se formarem apenas 2 ATP, o saldo final, dado que se trata de 2 NADH, será de 36 ATP; se se formarem 3 ATP, será de 38 ATP. 



[Imagem Porto Editora]


Auxiliar a matéria: https://www.youtube.com/watch?v=NV6qqcr4o6s 


Para que serve a matéria que chega às células? 
Em todos os seres vivos, dos unicelulares aos multicelulares, as manifestações de vida resultam de numerosas reacções químicas que, a nível celular, apenas se efectuam com uma disponibilidade constante de matéria e energia. 
A fonte imediata de energia, essencial para as actividades celulares, é o ATP. Fermentação alcoólica;Fermentação lácticaRespiração aeróbia. - Figuras Transparências Areal Editores

É no interior das mitocôndrias, estruturas das células eucarióticas, que ocorrem etapas fundamentais da respiração aeróbia

 


Mitocôndrias - Estruturas esféricas ou em forma de bastonete, compostos por duas membranas, uma externa e lisa e outra interna que pode apresentar cristas. O interior é ocupado pela matriz mitocondrial, onde se encontram enzimas, ribossomas e DNA. São responsáveis pela produção de energia (ATP) necessária ao metabolismo celular.

Célula eucariótica - Célula caracterizada por possuir um núcleo individualizado contendo o material genético. As células eucarióticas possuem também um complexo sistema membranar interno (retículo endoplasmático, mitocôndrios, aparelho de Golgi, cloroplastos, etc.).