sábado, 8 de março de 2014

SISMOGRAMAS
Um sismograma (registo do sismógrafo) permite retirar informações sobre as características das zonas terrestres atravessadas pelas ondas sísmicas. Permite também determinar o hipocentro, o epicentro e a energia libertada no foco. Quando ocorre um sismo, os registos tornam-se mais complexos e com oscilações bastante acentuadas, evidenciando um aumento das amplitudes das diferentes ondas sísmicas.
1º São registadas as ondas P ( Maior velocidade e menor amplitude)
2º São registadas as ondas S ( Menor velocidade e maior amplitude)
3º São registadas as ondas L ( Menor velocidade e maior ampitude )

As ondas sísmicas propagam-se em diferentes direções e atingem diversas estações sismográficas em tempos diferentes porque a distância epicentral é diferente. A distância epicentral é a distância que separa o epicentro da estação sismográfica ou outro local considerado. A determinação da distância eplicentral necessita do conhecimento do atraso S-P.

*Conhecendo-se a distância exata entre cada estação e o seu epicentro, é calculado o tempo que decorre entre o sismo e o início do registo no sismografo, sendo este representado em gráfico.
*Se um sismógrafo estiver colocado no epicentro, apesar das diferentes velocidades das ondas P e S, estas são registadas quase sobrepostas ou pelo menos com um intervalo de tempo pequeno. 
* Se a estação se localizar a uma certa distância do epicentro, as ondas P e S chegam com diferenças de tempo, tanto maiores, quanto maior for a distância eplicentral.

Se relacionarmos o intervalo de tempo (atraso S-P) e o espaçamento das curvas pode determinar-se a disância ao sismógrafo ao epicentro.

Regra Empírica
Esta regra é válida para distâncias epicentrais superiores a 100 km, onde pode ser utilizada para determinar a distância epicentral de um modo aproximado. À diferença de tempo de chegada entre as ondas P e S, subtrai-se uma unidade e obtém-se a distância epicentral em milhares de quilómetros.

Como avaliar a dimensão de um sismo?
Pode-se avaliar através da Intensidade e da Magnitude.

Intensidade
A intensidade de um sismo depende, entre outros factores:
  • da profundidade do foco e da distância ao epicentro, na medida em que a capacidade vibratória das ondas sísmicas diminui à medida que elas se afastam do seu ponto de origem, diminuindo, também, a intensidade sísmica;
  • da natureza do subsolo, isto é, da resposta das rochas que o constituem, à passagem das ondas sísmicas;
  • da quantidade de energia libertada no foco, sendo um sismo tanto mais intenso quento maior a quantidade de energia nele libertada.
Para avaliar a intensidade de um sismo numa determinada área, utiliza-se a Escala Internacional ou de Mercalli Modificada. Esta escala é qualitativa, isto é, avalia a intensidade sísmica em função do grau de percepção das vibrações, pela população que sentiu o sismo, e do seu grau de destruição.
Fonte: Livro Geologia 10 Arial EditoraAqui poderam ver melhor a escala de Mercalli Modificada -> mercalli.jpg (506,1 kB)

A determinação da intensidade de um sismo, nos vários locais à superfície da Terra onde ele foi sentido, e a localização do seu epicentro permitem traçar um mapa de isossistas

A Terra não é um planeta com uma composição homogénea, mas heterogénea, logo a propagação das ondas sísmicas é influenciada pela variação das propriedades do material que atravessam e, por isso, as isossistas têm formas irregulares.

Não se traçam isossistas no oceano porque não há edificações no mar nem pessoas, pelo que nao se pode determinar a intensidade sísmica. As isossistas traçadas a tracejado significa que não houve dados suficientes para determinar a intensidade.

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